Há mais de 12 anos o Movimento dos Sem Terra (MST) dá condições de aprendizado e educação para as crianças que acompanham seus pais na luta pela reforma agrária.
Foi em 1996 que o Conselho Estadual de Educação aprovou a proposta da Escola Itinerante. Trata-se de uma escola estadual financiada por dinheiro público com um custo mensal de apenas 20 mil reais. E vem a cumprir a carga horária de aulas e conteúdos mínimos de acordo com a base curricular nacional.
Em novembro de 2008 o Ministério Público Estadual e a Secretaria de Educação firmou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que tem como um de seus propósitos, acabar com as aulas itinerárias do MST, sob pena de multa de um salário mínimo por dia.
Cerca de 300 crianças estão sem aulas e seus pais têm sofrido ameaça do Estado por não matricularem seus filhos na rede municipal.
Educação para todos, não importa como ou de onde vem. O fato é que o governo não conseguiria oferecer estrutura - como transporte - para cumprir com os direitos destas crianças à instrução. O objetivo de atingir movimentos sociais de esquerda está fazendo com que estas crianças arquem com os prejuízos,e o pior, atrapalhando o que mais temos lutado para acertar: a educação.